Duas palavras que geram consequências positivas e negativas, são elas: “Sim” e “Não”. Certamente, por si só não são capazes de definir nada, mas a depender da pergunta se torna um fator estruturante no desenvolvimento de uma criança. Por exemplo, quando uma mãe sempre diz sim ao seu filho toda vez que ele pede um doce, consequentemente ela pode estar permitindo que a criança desenvolva o hábito de consumir alimentos que não são saudáveis. Entretanto, sempre dizer não pode gerar na criança um desejo repelido que a leve aceitar doces de estranhos, é apenas uma hipótese, mas a chave da questão não é o uso das palavras, mas de que maneira se desenvolve a inteligência emocional a partir delas.

Assim como as crianças, os adultos precisam lidar diversas vezes com a rejeição e se não desenvolvem resiliência podem apresentar até mais dificuldade do que elas para construir um caráter confiante. Na realidade, o medo da rejeição gera a autossabotagem, pois impede uma pessoa de correr atrás daquilo que deseja causando insatisfação e até infelicidade.

Parafraseando a CEO da Vittude: “A criança que não consegue aguentar uma negação desenvolve comportamentos prejudiciais para lidar com as emoções negativas e a frustração oriunda dela”. Possivelmente essa afirmação gera uma pergunta, qual a melhor maneira de dizer “não” sem causar impactos emocionais? Na educação positiva, é essencial dar explicações para os pequenos de uma forma que eles venham a entender. Outra solução seria dar opções para que eles sejam protagonistas de suas escolhas. Por exemplo, ao invés de falar “o que você quer levar para o lanche do colégio?” substituir por “você prefere sanduíche ou salada de fruta?”, assim pode contornar uma situação na qual a criança preferiria levar chocolate ou algum doce.

“A criança que não consegue aguentar uma negação desenvolve comportamentos prejudiciais para lidar com as emoções negativas e a frustração oriunda dela.”

Neste contexto, o livro “Sem medo da rejeição” é uma leitura divertida e cheia de histórias sobre como superar o medo e se tornar mais corajoso na vida. Escrito por Jia Jang que criou o projeto “100 dias de rejeição”, durante o qual Jia propositalmente buscou a rejeição, fazendo pedidos inusitados como plantar uma flor no quintal de um desconhecido ou anunciar as diretrizes de segurança durante um voo. Nessa trajetória, Jia foi desenvolvendo cada vez mais a autoconfiança, criando técnicas para se livrar de seu medo da rejeição. Neste livro, ele revela tudo o que aprendeu a respeito de como fazer um não se tornar um sim, como escolher os melhores alvos para seus pedidos e como é importante perguntar o porquê.

Em suma, a preparação para a vida futura não é só na infância, o amanhã existe todo dia e nunca estamos preparados para os imprevistos que ele traz. Vale ressaltar que o “sim” e “não” é universal, por isso as experiências que podem ser feitas a partir disso são variadas, novas rotas podem surgir na trajetória de cada um com o poder delas.

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